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Postado em 26/07/2018

 

Serão 23 produções que retratam a realidade política, social e cultural de países árabes, bem como filmes brasileiros e latino-americanos com temática relacionada à cultura e à imigração árabe. A abertura será realizada no dia 8, a partir das 20h30, no CineSesc, com exibição do filme palestino “Wajib – Um Convite de Casamento”.

 

13ª Mostra Mundo Árabe de Cinema, realizada pelo Instituto da Cultura Árabe (ICArabe), Sesc e Centro Cultural Banco do Brasil, com copatrocínio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, começará no dia 8 de agosto em São Paulo. De 8 a 27, serão apresentadas ao público 23 produções – 8 inéditas – que retratam a realidade política, social e cultural de países árabes, bem como filmes brasileiros e latino-americanos com temática relacionada à cultura e à imigração árabe. A abertura será realizada no dia 8, a partir das 20h30, no CineSesc, com exibição do filme palestino “Wajib – Um Convite de Casamento” (foto no destaque).  Nesta edição, são contemplados os eixos temáticos e sessões permanentes: Panorama Mundo Árabe, Sessão Diálogos Árabe-Latinos, Panorama Cinema Palestino, e Panorama Franco-Árabe (veja nas sinopses abaixo).

Com ingressos a preços populares, os filmes serão exibidos no CineSesc e no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-SP), além de contar com parceria com a Aliança Francesa para exibições e eventos. A Mostra também conta com apoio cultural da FAMBRAS, do Instituto do Sono e da Unifesp, por meio da Cátedra Edward Said e do Proec, além do apoio cultural do Cine Fértil (Argentina), do Consulado Geral da França em São Paulo, da Cinemateca Francesa e do Institut Français.

Esta edição pretende salientar o reconhecimento cultural entre Brasil, América Latina e Mundo Árabe, criando um enlace de culturas, trajetórias e histórias. “São filmes que retratam as relações sociais e culturais no mundo árabe, que têm um olhar humanista, que falam de dramas humanos que nos são comuns e que rompem com estereótipos e simplificações”, frisa Natalia Calfat, diretora de Relações Nacionais do ICArabe, que integra o grupo organizador da Mostra. “A circularidade, migrações e diálogos interculturais são temas especialmente importantes para a direção cultural deste ano, que buscou integrar os dramas do refúgio e a empatia humanista que nos conecta ao próximo. Universos entrelaçados, conexões que permanentemente se fazem e se refazem, enredamentos e trocas são o fio condutor.”

Haverá a presença de diretores do mundo árabe, que irão dialogar com o público

presente em sessões seguidas de debates, além de uma edição especial do CinéClub. Entre os convidados especiais estão o brasileiro Omar Barros Filho (“A Palestina Brasileira”), os argentinos Fernando Romanazzo e Cristian Pirovano (“Yallah! Yallah!”) e o egípcio Atef Ben Bouzid (“Cairo Jazz Man - o Ritmo de uma Megacidade”) (veja programação abaixo).

Neste ano, o evento, consolidado no calendário cultural da cidade de São Paulo, reafirma sua importância na divulgação do cinema dos países árabes no Brasil, evidenciando realidades. Apesar das condições de divulgação e distribuição dos filmes árabes contemporâneos terem melhorado mundialmente nas últimas décadas, no Brasil ainda é pequena, sendo raras as oportunidades de contato com essa cinematografia. Existe uma produção significativa nos 22 países de origem árabe, além de festivais importantes no Oriente Médio, como o Festival Internacional de Dubai, o Festival de Cinema de Doha, o Festival de Marrakesh e o Ismaili Film Festival, que têm possibilitado um aumento na divulgação e distribuição de filmes e coproduções com países árabes, norte-americanos e europeus.

O cinema produzido em muitos países árabes tem alto grau de sofisticação na dimensão estética, mas raramente é exibido em salas do Brasil, tanto no circuito comercial, que tem mais de 50% de sua programação ocupada por filmes produzidos nos Estados Unidos, sobrando pouco espaço para a cinematografia nacional e de outros países, como no circuito cultural, representado por Mostras e Festivais. A Mostra Mundo Árabe de cinema vem cumprindo, ao longo dos anos, o papel de difusor deste cinema rico e diversificado.

“A Mostra Mundo Árabe de Cinema, em sua 13ª edição, consagra-se como o mais primoroso momento de exibição da produção cinematográfica do Mundo Árabe em terras paulistas e, há mais de 10 anos, é parte integrante do calendário cultural de São Paulo, graças ao trabalho incansável de Soraya Smaili (reitora da Unifesp e idealizadora do evento). Seu objetivo é sobretudo elucidar os aspectos mais diversos da cultura e civilização dos povos de língua árabe, que foram desconstruídos ao longo do século XX, muito lamentavelmente, por processos peremptórios de ocupação e colonialismo, física e politicamente constatados até hoje, por grandes intelectuais, como Edward Saïd, Noam Chomsky e Tariq Ramadan, representantes das três religiões monoteístas que se originaram na região”, ressalta Arthur Jafet, diretor cultural do ICArabe.

Contribuindo para a história do cinema árabe no Brasil

A Mostra Mundo Árabe de Cinema surgiu em 2005, logo após a criação do Instituto da Cultura Árabe, em 2004, como uma entidade laica e sem fins lucrativos.

O objetivo da Mostra Mundo Árabe de Cinema sempre foi (e continua sendo) o de apresentar ao público brasileiro a cinematografia dos países árabe e de temática árabe, contribuindo para desfazer os estereótipos e retratando a realidade dos países árabes.

Mais informações: www.mundoarabe2018.icarabe.org (no ar em breve)

Abertura, sessão com acessibilidade e encontros com diretores convidados:

CineSesc:

- dia 8 de agosto – 20h30 – abertura com exibição de “Wajib” e presença de Omar Barros Filho, diretor de “A Palestina Brasileira”,

- 9 de agosto - 19h - Exibição de “A Palestina Brasileira” e bate-papo com o diretor brasileiro Omar Barros Filho

- 14 de agosto - 19h - Exibição de “Yallah! Yallah!” e bate-papo com os diretores argentinos Fernando Romanazzo e Cristian Pirovano

 

CCBB-SP

- 10 de agosto – 18h - Exibição de “A Palestina Brasileira” e bate-papo às 19h30 com o diretor brasileiro Omar Barros Filho

- 15 de agosto – 19h - Exibição de “Yallah! Yallah!” e bate-papo com os diretores argentinos Fernando Romanazzo e Cristian Pirovano

- 16 de agosto – 17h - Exibição de “Assim que abro meus olhos” (sessão com acessibilidade)

- 18 de agosto – 18h - Exibição de “Cairo Jazz Man - o Ritmo de uma Megacidade” e bate-papo às 20h40 com diretor Atef Ben Bouzid

 

Cinema Reserva Cultural

- 26 Agosto - 9h30 – Cineclub Mundo Árabe: Exibição de “Boa Sorte Argélia” com café-da-manhã e filme às 10h30 em parceria com a Aliança Francesa.

  

Sinopses dos filmes

Panorama Mundo Árabe

Sessão permanente realizada ao longo da existência da Mostra com o objetivo de ampliar o horizonte cinematográfico do público brasileiro por meio da exibição de filmes produzidos nos países árabes nos últimos dois anos. A produção árabe contemporânea nos brinda com documentários musicais, contos de amor, dramas humanos e comédias, mas também com produções que dialogam com o refúgio, radicalismo e realidades transitórias em busca de sua própria identidade. Elas nos mostram que ainda há lugar para o amor em um mundo de desespero e para a beleza entre as ruínas. O destaque é para Ensiriados (foto), estrelando Hiam Abbass, e O Gosto do Cimento, de Ziad Kalthoum.

 

Amal

Alemanha, Egito, França, Líbano, Noruega, Dinamarca, Qatar | 2017 | 83 min. | 14 anos  

Gênero: Documentário

Diretor: Mohamed Siam

Elenco: Amal Gamal, Nagua Said, Esraa Mamdouh,  Hosny Swelam, Khaled Mahmoud

Idioma: Árabe, com legendas em português

INÉDITO

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=jqGSRPajThQ

Amal é uma adolescente mal-humorada que cresce no Egito pós-revolução. Dentro de uma agitação política constante, Amal procura por seu lugar e reflete sobre sua identidade e sexualidade em uma sociedade patriarcal. Amal, cujo nome literalmente se traduz como “esperança”, está embarcando em uma jornada da infância até a fase adulta. Ao longo do caminho, ela percebe suas opções limitadas.

Sobre o diretor

MOHAMED SIAM é diretor de documentários como: Whose Country? (2016) e The Trials of Spring (2015). Recebeu várias bolsas e prêmios internacionais em apoio aos seus filmes – incluindo Sundance Institute, World Cinema Fund, Doha Film Institute, Arab Fund for Arts & Culture e Screen Institute Beirut. Amal foi o longa-metragem de abertura do International Documentary Film Festival Amsterdam (IDFA), em 2017.

 

Aqueles que Restam

Emirados Árabes Unidos, Líbano | 2016 | 95 min. | 14 anos  

Gênero: Documentário

Diretor: Eliane Raheb

Elenco: Haykal Mikhael

Idioma: Árabe, com legendas em português

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=fqww6sCsp4k

Em um complexo ponto geopolítico no norte do Líbano, a alguns quilômetros da Síria, mora Haykal, um fazendeiro cristão de 60 anos que luta para permanecer em sua terra apesar das tensões sectárias, do medo e da falta de esperança. Todos os dias ele lida com a poeira das pedreiras, a estagnação agrícola, as tensões sectárias e as repercussões políticas e econômicas da crise síria. No entanto, sente que deve permanecer lá, pois está construindo sua nova casa e defendendo a coexistência no Líbano com as próprias mãos.

Sobre o diretor

ELIANE RAHEB é libanesa. Dirigiu os documentários Karib Baiid (So Near Yet So Far, 2002), Intihar (Suicide, 2003) e Hayda Lubnan (This is Lebanon, 2008), o qual recebeu o Prêmio de Excelência no Festival de Yamagata. Seu segundo documentário, Aqueles que Restam (Mayyel Ya Ghzayyel, 2016), estreou no Dubai International Film Festival (DIFF) e recebeu o prêmio do júri de longa-metragem.

 

Cairo JazzMan - O Ritmo de uma Megacidade

Alemanha, Egito | 2016 | 82 min. | 14 anos 

Gênero: Documentário

Diretor: Atef Ben-Bouzid

Elenco: Amr Salah, Carlos Bica, Carsten Daerr, Nabil Khemir, Soweto Kinch, Arabian Knightz, Oum, Michelle Rounds,  Naseer Shamma, Kaz Okumura Trio

Idioma: Alemão, árabe, francês e inglês, com legendas em português

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=OwxKYwLuKws

INÉDITO

“O jazz é mais do que um estilo de música”, diz Amr Salah. É sobre liberdade” Salah, pianista de jazz, é um entusiasta promotor do gênero. Todo ano ele organiza o Festival de Jazz do Cairo. Nesse documentário musical, pessoas próximas a Salah, como seus colegas músicos e pais discutem sua paixão. No Egito, o jazz atrai um público jovem, enfatizando o abismo entre as gerações.

Sobre o diretor

ATEF BEN-BOUZID é jornalista, diretor e produtor. Vive em Berlim há 20 anos. Trabalhou para meios de comunicação alemães e se especializou nas áreas de esportes, música e sociedade. Especialmente interessado nos muitos aspectos da comunicação entre culturas e países, em 2017 dirigiu e produziu Cairo Jazz Man, que estreou na 46ª edição do International Film Festival Rotterdam.

 

Ensiriados (foto abaixo)

Bélgica, França | 2017 | 85 min. | 14 anos 

Gênero: Drama

Diretor: Phillippe Van Leeuw

Elenco: Hiam Abbass, Diamand Abou Abboud, Juliette Navis, Mohsen Abbas, Moustapha Al Kar, Mohammad Jihad Sleik,  Alissar Kaghadou, Ninar Halabi, Elias Khatter

Idioma: Árabe, com legendas em português

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=OEtw3C2nUSw

Presa dentro de sua própria casa em uma cidade sitiada, Oum Yazan, mãe de três filhos, transformou seu lar em um porto seguro para a família, tentando protegê-la da guerra. Quando as bombas ameaçam destruir o edifício, franco-atiradores transformam os pátios em zonas mortíferas, e os ladrões invadem, reivindicando suas terríveis recompensas. Manter o equilíbrio da rotina dentro das paredes torna-se uma questão de vida ou morte.

Sobre o diretor

PHILIPPE VAN LEEUW nasceu em Bruxelas, Bélgica. Dirigiu La vie de Jésus (1997) e Le jour où Dieu est parti en Voyage (2009). Insyriated, seu segundo longa-metragem, estreou no 67º Festival Internacional de Cinema de Berlim. No 8º Magritte Awards o filme ganhou todos os seis prêmios para os quais foi indicado, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor.

 

O Gosto do Cimento

Alemanha, Líbano, Síria, Emirados Árabes Unidos, Qatar | 2017 | 85 min. | 12 anos 

Gênero: Documentário

Diretor e autor: Ziad Kalthoum

Idioma: Árabe, com legendas em português

Trailer: https://vimeo.com/217895826

Ensaio documental sobre imigrantes sírios em Beirute, capital do Líbano. Enquanto suas casas são bombardeadas, eles trabalham na construção civil, reconstruindo a cidade sob as ruínas deixadas pela última guerra libanesa. Um toque de recolher para imigrantes os proíbe de sair à noite, então eles permanecem e moram na própria obra, enquanto assistem pela televisão a destruição da terra natal.

Sobre o diretor

ZIAD KALTHOUM é cineasta sírio originário da cidade de Homs, vivendo atualmente em Berlim, Alemanha. Seu primeiro documentário foi Aydil (2011) e com o primeiro longa-metragem, Al-Rakib Al Khaled (2013), ganhou o Festival Árabe da BBC 2015 na categoria “Melhor Documentário de Longa-Metragem”. Seu último longa, Taste of Cement (2017), ganhou o Golden Sesterce de Melhor Documentário de Longa-Metragem na Visions du Réel, e o de melhor documentário no Dubai International Film Festival.

 

O Rei Vai Passar

Marrocos, França, Catar, Líbano | 2017 | 111 min. | 14 anos 

Gênero: Comédia, ficção

Diretor: Hicham Lasri

Elenco: Aziz Hattab, Latefa Ahrrare, Zoubir Abou el Fadl, El Jirari Benaissa, Salma Eddlimi, Adil Abatorab, Zoubida Akif, Jaouad Sayeh, Nacer Mdaghri, Saadia Marrakchia

Idioma: Árabe, com legendas em português

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=CF75vzNJEos

INÉDITO

Casablanca, 11 de junho de 1986, dia de Copa do Mundo. O oficial Daoud é enviado por seus superiores insatisfeitos para passar um dia em uma ponte nos arredores de Casablanca, que fica entre duas comunidades hostis, para proteger a hipotética passagem da procissão real. Um drama visualmente estonteante, cheio de situações absurdas sobre as quais um povo impiedosamente se ergue.

Sobre o diretor

HICHAM LASRI nasceu em Casablanca, Marrocos, em 1977. Estudou Direito antes de se tornar conhecido como dramaturgo, romancista e roteirista. Em 2011 fez seu primeiro trabalho, The End, sobre os últimos dias do rei Hassan II, no Marrocos. Também dirigiu Al Bahr Min Ouaraikoum (The Sea is Behind, 2014), Starve Your Dog (2015) e O Rei Vai Passar (Headbang Lullaby, 2017).

 

Uma Criada para cada uma

Emirados Árabes Unidos, França, Líbano, Noruega | 2016 | 67 min. | 12 anos 

Gênero: Documentário

Diretor: Maher Abi Samra

Elenco: Zein El Amin, Amal Barakat, Bernadette Hodeib,  Rahel Zegeye

Idioma: Árabe, amárico, com legendas em português

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=PsY8lky3mso

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O trabalho doméstico é um verdadeiro mercado no Líbano, segmentado de acordo com as origens nacionais e étnicas dos trabalhadores, no qual o empregador libanês é o senhor, e o trabalhador, a propriedade. Zein é dono de uma agência de trabalhadores domésticos em Beirute. Ele encaminha mulheres asiáticas e africanas ao trabalho com famílias libanesas e auxilia seus clientes na escolha.

Sobre o diretor

MAHER ABI SAMRA nasceu em Beirute, Líbano, em 1965. Estudou Artes Dramáticas na Lebanese University, em Beirute, e Estudos Audiovisuais no Institut National de l’Image et du Son, em Paris, França. Trabalhou como fotojornalista para diários libaneses e agências internacionais. Dirigiu Sheoeyin Kenna (2010) e Uma Criada para cada uma (Makhdoumin, 2016).

 

Volubilis

Catar, França, Marrocos | 2017 | 106 min. | 14 anos 

Gênero: Drama

Diretor: Faouzi Bensaïdi

Elenco: Mouhcine Malzi, Nadia Kounda, Abdelhadi Talbi,  Nezha Rahil, Faouzi Bensaïdi, Mouna Fettou

Idioma: Árabe, com legendas em português

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=iTT-c8HNLLY

INÉDITO

Na cidade marroquina de Meknes, os recém-casados Abdelkader e Malika lutam para sobreviver. Eles sonham deixar a casa da família e finalmente começar uma vida juntos. Mas um dia, no trabalho, Abdelkader experimenta um incidente violento que vai virar seu destino.

Sobre o diretor

FAOUZI BENSAÏDI é diretor, ator e roteirista marroquino. Seu filme A Thousand Months foi exibido na sessão Un Certain Regard, no Festival de Cinema de Cannes de 2003. Em 2011, seu filme Death for Sale estreou no Toronto International Film Festival e foi selecionado como a entrada marroquina para o Oscar de melhor produção em língua estrangeira (2013). Também trabalhou em parceria com diretores, como Nabil Ayouch, André Techiné e Nadir Mocknech.

 

Diálogos Árabes-Latinos                                                  

Essa sessão reúne filmes realizados na América Latina com temática voltada à imigração árabe, aos países da região e sua relação com o Brasil e outros países latinos, possibilitando paralelos entre a cultura árabe e a formação da sociedade brasileira e latina. É realizada em parceria com o Cine Fértil e com o Latin Arab International Film Festival (Laiff – Buenos Aires). Entre América Latina e mundo árabe, os universos entrelaçados são aqueles do olhar ao outro, da empatia, da assimilação de nossa identidade diversa e do humanismo. A tendência mais contemporânea na região indica a preferência por temáticas que dialogam com a questão palestina. O destaque é para Yallah! Yallah! de Fernando Romanazzo e Cristian Pirovano.

 

A Palestina Brasileira (foto abaixo)

Brasil | 2017 | 79 min. | Livre 

Gênero: Documentário

Diretor: Omar L. de Barros Filho

Idioma: Português

Trailer:  https://www.youtube.com/watch?v=DJ6HnprB5uc

Marcado pela diversidade étnica e cultural, o Rio Grande do Sul abriga hoje milhares de imigrantes palestinos e seus descendentes. Com cenas filmadas no sul do Brasil e na Palestina, o documentário A Palestina Brasileira revela as raízes, o grau de integração, a sensação de pertencimento de seis famílias que revivem o passado e o quanto dele ainda resta no presente.

Sobre o diretor

OMAR L. DE BARROS FILHO é gaúcho, cineasta e jornalista agraciado com o prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos. No cinema também dirigiu Adios, General, média-metragem em 16mm premiado no Rio Cine Festival e apresentado como hors-concours no Festival de Gramado

Yallah! Yallah!

Argentina, Palestina | 2014 | 77 min. | 12 anos 

Gênero: Documentário

Diretor: Fernando Romanazzo e Cristian Pirovano

Elenco: Abed-Fatah Arar, Roberto Kettlun, Yosef Alazzah, Susan Shalabi, Nabeel Hrob, Mohammad Abu Sulaiman, Eyad Abu Garguood, Mohamad Issawe

Idioma: Árabe, inglês, com legendas em português

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=qj_DD2tTDFc

INÉDITO

O cotidiano de sete pessoas ligadas ao futebol é constantemente afetado pelo subjugo que a Palestina vive por parte de Israel. No entanto, cada uma dessas pessoas consegue viver e lidar com todos os tipos de problemas da maneira mais digna possível para continuar a desfrutar de uma de suas maiores paixões.

Sobre os diretores

FERNANDO ROMANAZZO e CRISTIAN PIROVANO são fruto da Buenos Aires dos anos 1970 e membros da Aqueronte Producciones. Romanazzo produziu e dirigiu o documentário De Los Barrios, arte (2009), além de ter filmado o curta-metragem Pasamontaña (2005). Pirovano fotografou a complexidade da vida cotidiana na Palestina e seus arredores, resultando em uma exposição fotográfica itinerante. Yallah! Yallah! ganhou o Prêmio LatinArab Lahaye Post 2014 de Melhor Trabalho em Progresso.

 

Panorama Cinema Palestino

Sessão que ganha espaço definitivo na Mostra, refletindo a repercussão e reconhecimento do cinema palestino em importantes festivais internacionais, como Oscar e Cannes. Essas produções, que refletem o cotidiano da ocupação e dialogam com o processo colonial, vêm crescentemente ganhando vigor e intensidade. O cinema e o povo palestino resistem, elaborando e construindo sua própria identidade entre arte e política. O destaque é para Wajib - Um Convite de Casamento, da premiada cineasta e poeta palestina Annemarie Jacir.

 

Gaza Surf Club

Alemanha | 2016 | 87 min. | 14 anos 

Gênero: Documentário

Diretor: Philip Gnadt, Mickey Yamine

Elenco: Sabah Abu Ghanem, Mohammed Abu Jayab, Ibrahim Arafat

Idioma: Árabe e inglês, com legendas em português

Trailer: https://vimeo.com/185917266

INÉDITO

Enclausurada na “maior prisão a céu aberto do mundo”, uma nova geração é atraída para as praias. Cansados da ocupação e do impasse político, encontram sua própria libertação pessoal nas ondas do Mediterrâneo – são os surfistas de Gaza. São as pranchas que lhes dão a oportunidade de experimentar uma pequena fatia de liberdade – entre a lembrança costeira de uma realidade deprimente e a fronteira de três milhas marítimas controlada por Israel.

SOBRE OS DIRETORES

PHILIP GNADT recebeu o prêmio da Film Industry de Baden-Wuerttemberg (2003) para o documentário Paula. Zwölf Seiten lhe rendeu o prêmio Days Karlsruhe em 2010. Em 2003 fundou a produtora Substanz Film. Juntamente com Mickey Yamine, Gnadt acompanha o Gaza Surf Club desde 2012.

MICKEY YAMINE cresceu no Cairo, Egito, e se mudou para a Alemanha aos 18 anos. Seu filme, Tropic of Bear ganhou menção honrosa no Festival de Locarno (2010). Fundou a produtora Berlin Bridge, em 2013, juntamente com Andreas Schaap e Benny Theisen. Suas últimas produções incluem The Last Compartment (2016) e Print The Legend (pré-produção).

 

Naila e o Levante

Estados Unidos, Palestina | 2017 | 76 min. | 14 anos 

Gênero: Documentário, animação

Diretor: Julia Bacha

Elenco: Naila Ayesh, Zahira Kamal, Azza al-Kafarneh, Naima  Al-Sheikh, Roni Ben Efrat, Sama Aweidah

Idioma: Árabe, inglês e hebraico, com legendas em português

Trailer: https://vimeo.com/242161763

Quando um levante nacional eclode em 1987, uma mulher em Gaza deve escolher entre o amor, a família e a liberdade. Destemida, ela abraça todos os três, juntando-se a uma rede clandestina de mulheres em um movimento que força o mundo a reconhecer, pela primeira vez, o direito palestino à autodeterminação. Naila e o Levante narra a notável jornada de Naila Ayesh, cuja história é tecida através da mais vibrante e não violenta mobilização na história da Palestina: a primeira Intifada no final dos anos 1980.

Sobre o diretora

JULIA BACHA é cineasta premiada pela Peabody, estrategista de mídia e diretora de criação da Just Vision. Foi codiretora e roteirista de Encounter Point (2006), diretora e produtora de Budrus (2009) e de My Neighborhood (2012). Além de ter sido agraciada com 20 prêmios de Festivais Internacionais de Cinema, o trabalho de Julia Bacha foi exibido nos festivais de Sundance, Berlim e Tribeca, transmitidos pela BBC, HBO e Al Jazeera e compartilhado com os campos de refugiados palestinos e o Congresso norte-americano.

 

Os Árabes também Dançam

Alemanha, França, Israel | 2014 | 105 min. | 12 anos 

Gênero: Drama

Diretor: Eran Riklis

Elenco: Tawfeek Barhom, Ali Suliman, Yaël Abecassis

Idioma: Árabe, hebraico, inglês, alemão, com legendas em português

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=TW0Jjf3RrME

Eyad é um menino palestino que tem a oportunidade de estudar em um internato de prestígio em Jerusalém. Eyad se esforça para se encaixar na cultura judaica do final de 1980. Ele desenvolve uma estreita amizade com Jonathan, que sofre de distrofia muscular, e é abraçado como um membro da família por Edna, mãe de Jonathan. O tempo passa e, com os mísseis de Saddam Hussein pairando sobre o horizonte, Eyad conhece o amor e a decepção e toma uma decisão que vai alterar o seu destino para sempre.

Sobre o diretor

ERAN RIKLIS atua no mundo do cinema desde 1975. Dirigiu filmes como: On a Clear Day You Can See Damascus (1984), Cup Final (1993), Zohar, A Noiva Síria (2004), Lemon Tree (2008) e Os Árabes também Dançam (Aravim rokdim, 2014). Filmou Playoff (2011) e Zaytoun (2012).

 

Wajib - Um Convite de Casamento (foto principal e foto abaixo)

Palestina, França, Alemanha, Colômbia, Noruega, Qatar e EAU | 2017 | 96 min. | 14 anos 

Gênero: Drama

Diretora : Annemarie Jacir

Elenco: Mohammad Bakri, Saleh Bakri, Maria Zreik

Idioma: Árabe, com legendas em português

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=DXpZ4CyeYrw

INÉDITO

Abu Shadi é um pai divorciado e um professor de 60 anos que mora em Nazaré. Depois do casamento da filha, em um mês, ele viverá sozinho. Shadi, seu filho arquiteto, chega de Roma após anos no exterior para ajudar seu pai na entrega pessoal dos convites de casamento para cada convidado – costume palestino local. À medida que o par distante passa o dia junto, os detalhes tensos do relacionamento chegam a um ponto crítico.

Sobre o diretora

ANNEMARIE JACIR escreveu, dirigiu e produziu mais de 16 filmes. Seu Like Twenty Impossibles (2003) foi o primeiro curta-metragem árabe na história a ser oficialmente selecionado para o Festival de Cannes. Sal desse Mar (2008), primeiro longa-metragem dirigido por uma mulher palestina, conquistou 14 prêmios internacionais. Quando vi Você foi premiado no 63º Festival Internacional de Cinema de Berlim e eleito o Melhor Filme Árabe no Abu Dhabi Film Festival. Em 2017, Wajib foi premiado no Locarno Film Festival, BFI London Film Festival, Dubai International Film Festival e MedFilm Festival, em Roma, Itália.

13ª Mostra Mundo Árabe de Cinema
De 08 a 27 de agosto de 2018 | Realização Instituto da Cultura Árabe - ICArabe
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